domingo, 8 de março de 2009

Domingo.

Ela acorda. Calor. O ventilador range. Pede folga. Abre os olhos no susto. Alguem diz: eu preciso que você acorde pra ligar pro corretor. Domingo. Nem tão calor. Vezenquando faz frio. Na coluna.
Caderno Boa Chance. Procura-se atriz para encenar peça. Passagem. As pessoas passam por traz dela. Desoncentra. Querendo o amanha e o depois. Hoje: cronometrado, organizado. Tentativa de estabelecer uma rotina. Vida. A vida começando, cotinuando, acontecendo. E ela? Esperando a Boa Chance de viver. Viver em paz na cidade maravilhosa, que nem tão maravilhosa é assim. Pessoas mal educadas. E ela que foi sempre tão estupida. Atrevida, nem se atreve a reclamar. Escuta. Nao fala. Fala pouco. A noite solta umas palavras pra não esquecer como se diz. Chora. Molha o rosto com lagrima salgada que sai do olho, passa pelos cilios, ao lado do nariz e cai nos labios. Engole. Gosto ruim na boca. Chora. Bebe agua. Reza. Ela dorme.

3 comentários:

Dayane Lacerda disse...

e ela do lado de cá...se sentindo só,sempre muito só!

Anônimo disse...

texto cheio de agonias...bom de ir lendo e ler.

meninamulher disse...

minha linda, que dia em...que dia vc vai me ler?