quarta-feira, 22 de julho de 2009

Faz tanto tempo que não venho por aqui que nem sei mais se isso ainda é meu, e se foi um dia, se teve conceito, e se serve. Sono. Muito sono. A cortina dos meus olhos querem fechar. Por alguns dias ando feliz, anesteciadamente feliz. Esperando acontecer. A cabeça vazia deixa o corpo ceder, cansar. Tempo seco. As folhas caem, e eu permaneco de pe, ou em pe , ou com os pes no chão. As vezes nas nuvens que se desmancham como açucar molhado...

sábado, 20 de junho de 2009

...

E se me falta coragem, as palavras transbordam. A cabeça que ainda pesa e vezenquando fica assim, vaziiinha. Extra. Extra -ordinario, que estrapola, foge do padrão, vai além dos limites. E os limites são claro, ortodoxos, reais. Sem firula. E não adianta mesmo, quando penso que vai indo tudo bem, a caminho do parecer normal-padrão, foge, escapa entre os dedos, e é bom, como gelatina que escorre vermelho, verde, roxo, amarelo... E eu so quero claro, sem desculpas, disfareces, mentira, nessa historia a farsa sou eu. Se fingir é inevitavel, não quero fazer parte do fingir de todos, fingo pra mim. Sorrio e isso basta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

nao sei

Isso que por acaso se chamou felicidade. Eu sei, nos sabemos que eu sinto muita saudades. E se paro, penso e os olhos logo de colocam baixos, o externo afunda e a respiração fica mais rala. Alma, vazio de alma. Os dias passando e esta tudo ai, e tudo se torna a cada dia mais: suficiente. Me peguei dizendo que sou privilegiada de viver. E é sentir. Marezia. E pra passar o tempo eu escrevo porque não leio mais, por um tempo não leio mais, não assisto filmes, não tomo cerveja, não fumo maconha e vivo. Uma agoniazinha, um bichinho la dentro que se alimenta de mim e eu deixo, eu crio e ele cada dia mais forte me faz levantar e abriar as cortinas dos olhos e ver azul...

domingo, 3 de maio de 2009

Caiu em desuso, e se não fosse assim como seria. E eu não sei mais usar as palavras e sentir é inerente. Ando com a cabeça em muitos lugares bonitos. O corpo leve e uma constante dor nas costas que lateja

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Assim, rependindo as palavras.

Saudades.. palavrinha essa que tenho usado tanto..
Saudades de mim, hoje eu senti... Um nozinho na garganta e lembranças de coisas que não se pode esquecer. Só. Com muitas cores a vista ainda doi no fim do dia. Casa vazia. Luz apagada.. Planos de ocupar a mente ouvir um poquinho do silêncio. A cabeça doi. De bom humor, o que já é quase constante, irreconhecivel, não reconheço mais os defeitos, aceito as qualidades , não me ofereço, espero, e pede. Cansada, sim. Pedindo escuro, noite, sono, quietude. Meu coração tem visitado lugares distantes... Gostosos, gosto amargo na boca de cigarros que eu ainda posso pagar. Apago. Desmaio. Vivo e vou vivendo, agora sem esperar mais que agora, mais do que o agora. Acomodo. E o corpo não me incomoda mais...

assim repetindo as palavras, poruqe tudo se repete, repete, repete, repete, remete...
desculpe-ma por te melhorar.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Suplica

A tanto tempo eu não escrevo...
Estou sem coragem pra te amar.
Com medo da sua causa,
sem saber se exite pra que.
Tentando não pensar, querendo evitar, salvar.
A minha falta de fé e o seu excesso de lamuria
reflexo da dor, carencia...
Suposiçoes.
E os meus bracos nao te alcançam
e eu não te interesso
e o que te encanta me enoja
o que te chama me afasta
tão tão distante...
e nao estava nos meus planos
eu te via tão feliz.
o que pra mim é ser feliz.
O meu medo de morrer.
a sua ousadia pra viver.
sera que comunica?
vc comunica?
Pára pra pensar,
faz um diario
estuda ingles
da um volta no quarteirão
faz a cama
liga pra mim
arruma um trabalho
toma um cha
acalma o coração
dorme,
toma um remedio pra dormir
reza
vai a igreja
no terreiro
adota um cachorro
me salva
te livra do que faz mal
pro corpo
pra cabeça
pro bolso
se alimenta de amor
come da comida que a sua mae deixa la no fogao e prepara sabe la que horas pra você nao ter fome
da valor
sonha meu amor
dorme meu filho, que é tudo ilusao, farsa, fantasia.
Axé.
Que seja doce.

domingo, 8 de março de 2009

Domingo.

Ela acorda. Calor. O ventilador range. Pede folga. Abre os olhos no susto. Alguem diz: eu preciso que você acorde pra ligar pro corretor. Domingo. Nem tão calor. Vezenquando faz frio. Na coluna.
Caderno Boa Chance. Procura-se atriz para encenar peça. Passagem. As pessoas passam por traz dela. Desoncentra. Querendo o amanha e o depois. Hoje: cronometrado, organizado. Tentativa de estabelecer uma rotina. Vida. A vida começando, cotinuando, acontecendo. E ela? Esperando a Boa Chance de viver. Viver em paz na cidade maravilhosa, que nem tão maravilhosa é assim. Pessoas mal educadas. E ela que foi sempre tão estupida. Atrevida, nem se atreve a reclamar. Escuta. Nao fala. Fala pouco. A noite solta umas palavras pra não esquecer como se diz. Chora. Molha o rosto com lagrima salgada que sai do olho, passa pelos cilios, ao lado do nariz e cai nos labios. Engole. Gosto ruim na boca. Chora. Bebe agua. Reza. Ela dorme.

quarta-feira, 4 de março de 2009

no elevador do filho de Deus

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida Que eu já tô ficando craque em ressurreição. Bobeou eu tô morrendo Na minha extrema pulsão Na minha extrema-unção Na minha extrema menção de acordar viva todo dia Há dores que sinceramente eu não resolvo sinceramente sucumbo Há nós que não dissolvo e me torno moribundo de doer daquele corte do haver sangramento e forte que vem no mesmo malote das coisas queridas Vem dentro dos amores dentro das perdas de coisas antes possuídas dentro das alegrias havidas Há porradas que não tem saída há um monte de "não era isso que eu queria" Outro dia, acabei de morrer depois de uma crise sobre o existencialismo 3º mundo, ideologia e inflação... E quando penso que não me vejo ressurgida no banheiro feito punheteiro de chuveiro Sem cor, sem fala nem informática nem cabala eu era uma espécie de Lázara poeta ressucitada passaporte sem mala com destino de nada! A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida ensaiar mil vezes a séria despedida a morte real do gastamento do corpo a coisa mal resolvida daquela morte florida cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos que já to ficando especialista em renascimento Hoje, praticamente, eu morro quando quero: às vezes só porque não foi um bom desfecho ou porque eu não concordo Ou uma bela puxada no tapete ou porque eu mesma me enrolo Não dá outra: tiro o chinelo... E dou uma morrida! Não atendo telefone, campainha... Fico aí camisolenta em estado de éter nem zangada, nem histérica, nem puta da vida! Tô nocauteada, tô morrida! Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa não tem aquela ansiedade para entrar em cena É uma espécie de venda uma espécie de encomenda que a gente faz pra ter depois ter um produto com maior resistência onde a gente se recolhe (e quem não assume nega) e fica feito a justiça: cega Depois acorda bela corta os cabelos muda a maquiagem reinventa modelos reencontra os amigos que fazem a velha e merecida pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?" E a gente com aquela cara de fantasma moderno, de expersona falida: - Não, tava só deprimida.

segunda-feira, 2 de março de 2009

frigideira.

Calor. Cabeça, quente, muito quente. Começo a dar os primeiros passos. Ja em terra. Ou melhor areia, sem mato entre as pedras. Sem perigo de cair, tropeçar. Afunda. Os pes na areia quente buscam agua, refresco. O novo. O esperado e assustador, ovo. Aquele que tem que quebrar, fazer esforço, destruir pra nascer. Deixar a casca. Jogar fora. Ir embora. Voltei. Da abstração. Da ilusão. E se não fosse assim como seria... e se nao fosse. E eu queria tanto. Vou dormir hoje, sem saber o que fazer amanha. Sem esperar amanha. Se eu dormir. Se você me deixar dormir.

E tanto tempo tera passado, depois que que tudo se tornara cotidiano e a minha ausencia, presente não tera mais nenhuma importancia. um ovo apodrecendo em silencio.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sem pessimismo por hoje, e só por hoje. Começando tudo outra vez, segunda-feira é o melhor dia para isso. Tudo bem que pode-se dizer que já é terça, mas pra mim só vira o dia depois que eu durmo, e se não durmo, o dia não vira e ai tudo bem, fico dias e dias vivendo de passados. Temporariamente interrompida por uma mensagem instantanea preciso parar por aqui.

sábado, 31 de janeiro de 2009

vishi mainha, oh neguinha, tudo é tão bom


A parte esquerda do corpo que nao responde.

31 de janeiro de 2009. Sentada na frente desse computador velho, apoio os meus pés sobre a cadeira e não sinto a parte esquerda da coxa, como aquelas dormencias que dá de vez em vez em uma parte do corpo. Hoje eu queria escrever só pra desabafar, mas acho que nao consigo, e calma, nem tem tanta coisa assim pra dizer. É saudade que eu tô sentindo, e parece que já faz tanto tempo que eu não sei nem mas de que eu sinto falta. Tô dando uma pausa na trajetória, só que a cabeça não pára, aí parece que tudo mudou, e vai ver que não mudou foi nada. Agora eu só estou querendo querer alguma coisa. Tô segura demais, debaixo na asa e isso me incomoda, então saio por ai com a cabeça cheia e me dou ao luxo de correr riscos. Cuidado menina, tem segredos que a gente não conta pra ninguém, nem pra si mesmo. Desde que eu cheguei aqui falo que vou acordar mais cedo, mas definitivamente eu não consigo, tô querendo dormir por uns dias pra ver se passa mais rapido, pelo menos pra eu tomar alguma decisão, ou deixar que tomem por mim. Como previsto não vou conseguir acabar, e ultimamente não acabado nada mesmo, vou levando, empurrando até onde não der mais. Mas eu estou otima, mais feia e magra. Tô comendo quando dá, e quase não sinto fome. Eu quero ir pra Bahia, ver gente dançando e quem sabe eu não danço também? Eu danço, eu canto, e bebo agua, muita agua.

Dragoes...

"Então quase vomito e choro e sangro quando pendo assim. Mas respiro fundo, esfrego as palmas das mãos, gero energia em mim. Para manter-me vivo, saio à procura de ilusões como o cheiro de ervas, ou reflexos esverdeados de escamas pelo apartamento e, ao encontrá-los, mesmo apenas na mente, torna-me então outra vez capaz de afirmar, como num vicio inofencivo: tenho um dragão que mora comigo. E desse jeito, começar uma nova historia que, desta vez sim, seria totalmente verdadeira, mesmo sendo completamente mentira. Fico cansado do amor que sinto, e num enorme esforço que aos poucos se tranforma numa especie de modestia alegria, tarde da noite, repito e repito nesse meu confuso aprendizado para criança-eu-mesmo sentada aflita e com frio nos joelhos: Dorme, só existe o sonho. Dorme meu filho. Que seja doce.
Não, isso também nao é verdade."

sábado, 24 de janeiro de 2009

horas

Continuo aqui, e agora ja é quase uma rotina. De alguem que não tem uma ocupação, sem obrigações, permaneco obrigada a ficar mais um mês por qui. O pior é que eu acomodo, sempre me incomodo, e vou fazendo do lugar o meu lugar, no meu quarto me enrolo e ai não quero mais sair. E parece que não tem pra onde ir mesmo. Com um monte de casas, tô preferindo viver na rua. Tô pra ir a igreja, conversar com Deus e pedir que ele me arrume um emprego, uma casa e me afaste um pouco dessa letargia. Se não for amanha, um dia eu vou, a sim, eu vou e quem sabe nao fico por la numa tadezinha de chuva esperando alguém chegar e se não entrar ninguem eu saio, na chuva mesmo e molho o pé na terra que fica entre uma pedra e outra da rua. Depois eu pego o carro, volto pra casa em silencio, entro na cozinha como um bolo de fuba com café e agradeço a Deus da mesa estar farta. Sorte. Se os bichos não me comerem ate o fim do mês, começo contando com a sorte.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

sorte de hoje: o bom humor faz de tudo toleravel!
"Ficar sozinho não rola mas amor não se implora, nem se joa fora. Não sei dizer o que mudou, mas nada esta igual, borboletas sempre voltam e o seu jardim sou eu." -mais ou menos assim....
eee cambuquira, depois de você tudo muda..
hauhuuahuahahauah


por favor? alguem? me salva??
Eu, mais uma vez, burra! Cometendo os mesmos erros, esperando as mesmas coisas, das mesmas pessoas que não me dão. Por que? Vai ver é porque eu dou demais, ou num dou. E por falar em dar. Tô confusa, com medo das novidades, com vontade de desistir de tudo, de não conhecer mais ninguem, e olha não é pessimismo não, até porque ultimamente eu tô otimista demais. Ai como me irrita o egoismo. Tô cansada sabe? Cansada de esperar, uma resposta, um resultado.